quarta-feira, 29 de agosto de 2012

COMUNICADO 29/08/2012 – Quarta-feira – 16:00h


ALERTA:
Confesso que saímos profundamente preocupados da penúltima reunião, realizada ontem, em Brasília, da Mesa de Negociações criada no acordo assinado em 31/07/2012 entre o governo e o TRC.
Surpreendeu-nos a postura radical do representante na Mesa do Ministério Público do Trabalho que, aliado ao representante do Ministério do Trabalho, aos representantes de duas Confederações de Trabalhadores e aquele tradicional grupo de personagens que se dizem representantes de Autônomos, ou por incapacidade intelectual ou como forma de tumultuar e prejudicar o andamento das soluções das questões da pauta constante no panfleto que deu origem ao Acordo e a própria Mesa de Negociações.
O problema se concentrou mais precisamente na questão relacionada à Lei 12619/12 (tempo de direção e descanso) onde, apesar de ter sido amplamente comprovada a impossibilidade do cumprimento imediato da Lei, unicamente pelo TRC, devido à total falta de infraestrutura do país e também em decorrência do sistema ultrapassado da mobilidade da carga nos principais setores da economia, demonstrada no Encontro do TRC do Estado de São Paulo ocorrido na capital no último dia 24, e a necessidade da ampliação da aplicação da Lei por um prazo não inferior a 365 dias, até que se estabeleça tais dimensionamentos, esses representantes foram unânimes em recusar quaisquer propostas ou soluções, limitando-se em afirmar que a Lei existe, tem de ser cumprida de qualquer maneira e que a fiscalização tem de começar a multar imediatamente.
O erro começou quando o Sr. Ministro dos Transportes definiu esse tipo de composição da Mesa. O Acordo estabeleceu que a Mesa de Negociações fosse criada para, em 30 dias, definir as soluções para as questões que vêm inviabilizando o setor, portanto, não teria espaço para representantes do Ministério Público e do Trabalho virem caracterizar aquilo que todos sabem que é a forma de atuação desses órgãos no cumprimento da Lei. Da mesma forma não houve lógica na colocação na Mesa de Confederações de Trabalhadores (que não representam motoristas de caminhão, mas tão somente Federações a elas filiadas) para, em longos espaços de tempo, afirmarem aquilo que nada tem a ver com o assunto, tais como direitos adquiridos do trabalhador, saúde do trabalhador, etc..
Agora, ofensiva mesmo foi a forma de agressão ao TRC, partindo do tal grupo que se diz representante de autônomos. São exatamente aqueles mesmos lá do Paraná e de São Paulo que desde o início da nossa Manifestação tentaram boicotar e prejudicar o seu andamento. São aqueles que se enriqueceram indevidamente com pesados tributos cobrados na confecção de RNTRC e de contribuições sindicais indevidas. Aliás, existem processos judiciais em curso onde alguns deles já foram condenados em primeira instância a devolver com juros e correção monetária todos esses milhões de reais arrecadados indevidamente. Em uma das sentenças inclusive o juiz mandou encaminhar o processo para a Polícia Federal, a fim de ser apurado o grau de criminalidade em que poderão ser enquadrados os seus autores. Além do mais, esses elementos se apresentam como representantes de uma tal Confederação que, se consultado o cadastro das Entidades Sindicais do Ministério do Trabalho e Emprego, tal entidade simplesmente não existe, mesmo porque, se existisse, não seria representante de motoristas autônomos e sim tão somente das eventuais Federações a ela filiada.
Também faz parte desse grupo uma conhecida Associação que se diz representante de autônomos e que é aquela mesma que bate no peito como a grande conquistadora do Cartão Frete mas que na realidade é comprada e manipulada por operadoras de Cartão de Crédito (vide site www.gps-pamcary.com.br).
A postura desse grupo nocivo ao TRC se justifica, ao considerar que os seus membros sempre obtiveram proveito e se enriqueceram em cima da desorganização. No entanto, com a organização e a integração do TRC em andamento, eles estão preocupados com os riscos dos seus negócios.
Esse ritual ocorrido em Brasília ontem, deixou claro que essa Mesa de Negociações constituída pelo Sr. Ministro dos Transportes foi um blefe que veio para complicar e não para dar solução às questões que estão inviabilizando o TRC. Portanto, está claro e é notório que a última reunião da Mesa de Negociações que ocorrerá na próxima 3ª feira – dia 04/09, no mesmo local, não apresentará solução alguma, muito pelo contrário, vai é tentar afundar cada vez mais o setor.
Ainda bem que conseguimos desvincular as questões relacionadas à ANTT, onde os seus encaminhamentos estão indo bem.
Nossas chances de soluções estarão agora concentradas na Audiência Pública convocada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, também na próxima 3ª feira – dia 04/09, às 14:30h, no Plenário 6 do Corredor das Comissões da Câmara dos Deputados em Brasília, para tratar da Lei 12619/12 em relação ao TRC, onde estarão presentes os Senhores Ministros de Estado da Agricultura, Transportes, Cidades, Indústria e Comércio, Saúde, Trabalho, além do representante do MUBC.
Estamos encaminhando a todos o Convite abaixo para que todos se esforcem em participar.
Lembramos a todos que o momento é decisivo para o futuro do TRC, razão porque todos, sem exceção, consigam suplantar suas dificuldades e eventuais impedimentos e consiga um meio de se deslocar até Brasília. Esta é a hora de mostrarmos a nossa força e a nossa integração. Faça a sua parte. Estamos recebendo a confirmação de presença de várias partes do país, enviadas por motoristas, empresas e cooperativas. Confirme você também. Trata-se de Audiência Pública, onde todos terão livre acesso.
Saudações a todos,
Nélio Botelho
MUBC

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