sábado, 6 de julho de 2013

PARALISAÇÃO GERAL / BALANÇO - 06/07/2013

PARALISAÇÃO GERAL - BALANÇO DE RESULTADOS

Prezados companheiros:

Antes de avaliarmos o assunto gostaríamos que assistissem ao vídeo do link abaixo e recordassem as palavras ditas pela então candidata à Presidente da República, senhora Dilma Rousseff, no Congresso dos Caminhoneiros que realizamos no Auditório do Senado Federal, em Brasília, no ano de 2010.

Na última 2ª feira, dia 04 de julho, já com os caminhões estacionados, fomos convidados pela Ministra da Casa Civil da Presidência da República, senhora Gleisi Hoffmann, que se fazia acompanhar do Sr. Ministro dos Transportes César Borges, a comparecermos àquela Secretaria a fim de avaliarmos a pauta das questões que deram origem à paralisação, de maneira a tentar encerrar a manifestação.

No encontro, ocorrido na 3ª feira à tarde a Sra. Ministra, após comentar sobre os assuntos da pauta apresentada, deixou evidenciada a total impossibilidade do governo de flexibilizar aquelas questões, caracterizando inclusive a inexistência até mesmo de ambiente para prosseguir com quaisquer negociações. Fizemos ver então a Sra. Ministra a nossa preocupação com o fato de que o movimento não tinha como ser interrompido e o abastecimento no país estaria correndo o risco de ser prejudicado. Lamentavelmente o assunto não foi bem recebido pela Sra. Ministra, que após afirmar "Então todos vocês terão que arcar com as consequências", encerrou a reunião. Vale lembrar que na noite daquele mesmo dia fomos convidados a retornar àquele gabinete onde, após algum tempo na sala da recepção, tivemos a informação de que a reunião havia sido cancelada. A partir daí passamos a ter conhecimento, através da mídia, de uma série de notícias divulgadas de que o governo havia determinado a aplicação de profundas represálias aos caminhoneiros, bem como ao Movimento União Brasil Caminhoneiro e ao seu presidente, dentre elas:

- Tentativa de caracterizar tratar-se de movimento "Lock Out" uma paralisação autêntica dos caminhoneiros, conforme pode ser comprovado no site www.uniaobrasilcaminhoneiro.org.br, com a determinação para que a Polícia Federal abrisse processo de averiguação;

- Aplicação de multa no valor de seis milhões e trezentos mil reais ao MUBC e ao seu Presidente;

- Bloqueio de eventuais bens patrimoniais dos mesmos;

- Determinação à Petrobras Distribuidora no sentido de reincidir todos os contratos de transporte existentes com a Cooperativa dos Caminhoneiros, que culminará com profundos prejuízos às milhares de famílias de caminhoneiros, funcionários e outras atividades que sobrevivem daqueles serviços;

- Rescisão imediata do contrato de concessão remunerada da área federal ocupada pela Cooperativa dos Caminhoneiros, na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, utilizada desde o ano de 1990 como ponto de apoio estratégico para os caminhoneiros, além de garantir segurança e infraestrutura necessárias aos profissionais e seus familiares que por ali passam diariamente;

- Rescisão do acordo de cooperação firmado entre o MUBC e a ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, para operar sem nenhum ônus o registro e cadastramento obrigatório dos transportadores no RNTRC - Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas, que a partir de agora passará a ser operado exclusivamente por outros órgãos e provocará pesadas despesas de confecção para os seus usuários.

Lamentamos profundamente o fato de que tais represálias tenham partido de um governo comandado por uma verdadeira guerreira cuja trajetória comprova a sua fundamental participação na redemocratização do Brasil, ocasião em que foi vítima e teve de resistir a covardes e violentas represálias praticadas pelo regime anterior, cujos métodos similares surpreendentemente vêm agora sendo utilizados contra os maiores e mais sacrificados trabalhadores deste país, os caminhoneiros.

Só nos resta tentar amenizar essa difícil situação através dos meios legais e constitucionais vigentes e rogar a Deus que ilumine a governante maior deste país de maneira que sejam reconsideradas as pesadas punições e mantidas suas características tradicionais de espírito de justiça voltadas à solidariedade e respeito social ao trabalhador, à pessoa humana, ao povo e ao Brasil.

Vivemos em um país que foi, é e sempre será abençoado por Deus.



Saudações a todos,

Nélio Botelho
MUBC




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