quarta-feira, 31 de julho de 2013

SÃO PAULO COBRANÇA DO EIXO LEVANTADO 31-07-2013

Estamos recebendo a todo o momento mensagens procedentes de alguns Estados da Federação, principalmente de São Paulo, protestando e lamentando o fato do governo paulista passar a cobrar pedágio do eixo levantado dos veículos de cargas em todas as rodovias do Estado, a partir desta semana.

Tal determinação foi em decorrência da necessidade do governador de atender as reivindicações das manifestações populares de baixar os preços dos pedágios, onde ocorreu até incêndio em praça de cobrança, ou seja, para sustar um aumento previsto de pouco mais de 6% (seis por cento), repassou o ônus para o transportador de cargas que, dependendo do tipo do veículo, terá de arcar com um acréscimo nas tarifas de até 35% (trinta e cinco por cento). Porém, na realidade, os manifestantes estão sendo sim ludibriados na sua boa fé. Ninguém percebeu que a emenda foi pior do que o soneto. O pedágio representa um dos insumos de maior peso na planilha de custos do transportador. Um aumento do preço nessa ordem, que será repassado via frete ao consumidor, acarretará aumentos significativos nos preços dos produtos, principalmente dos alimentos, com reflexos diretos na inflação, ou seja, transformar-se-á num ônus aos manifestantes muito superior ao que seria os 6% (seis por cento) do pedágio. Deixa claro, inclusive, que o governo paulista não está a fim de adotar nenhuma política pública para os pedágios. Onde está o tão propagado direito de ir e vir?

Em relação aos transportadores rodoviários, o governo paulista dá mais uma prova eloquente de que não acredita no potencial dos seus componentes. A primeira prova ocorreu quando da restrição de veículos de carga na capital, onde foi descartada qualquer possibilidade de diálogo com o setor. Agora, o ato é ainda mais agressivo, ou seja, reduz o preço dos pedágios aos ônibus e automóveis e repassa o ônus para os veículos de carga, sem mexer nos lucros das concessionárias. E os transportadores, como ficam? Não adianta entrar com medidas judiciais. Cabe a cada um cumprir o seu papel através de ações que objetivem mostrar à sociedade as políticas nocivas e arbitrárias aplicadas pelo Estado no setor mais estratégico da economia nacional, cujos resultados danosos refletem diretamente no bolso do consumidor.

E o que poderíamos responder a todos aqueles transportadores que nos enviam suas mensagens de indignação e revolta? É preciso, mais do que nunca, que cada um faça a sua parte no sentido de convergirem para a união de todos e mostrar a sua força na busca das correções, da sobrevivência própria e do país.

O MUBC continua, mais do que nunca, a postos para continuar servindo de instrumento para quaisquer decisões ou ações em torno dessa união.

Boa sorte a todos.

Nélio Botelho
MUBC



segunda-feira, 22 de julho de 2013

SITUAÇÃO EM QUE NOS ENCONTRAMOS 22-07-2013


Prezados companheiros,
Venho desta vez a presença de todos vocês para fazer uma espécie de "prestação de contas" de quase tudo que aconteceu e está acontecendo em relação a nossa luta por justiça (retomada de direitos adquiridos burlados), melhores condições profissionais, para todos nós e nossas famílias.
Quais foram os resultados da nossa pauta de reivindicações apresentada ao governo e que motivou a nossa Manifestação ocorrida no período de 01 a 04 deste mês: Primeiramente é preciso lembrar que, quando estávamos parados em casa e ao longo das rodovias, em momento algum os órgãos do governo se dispuseram a sentar à mesa de negociações, muito pelo contrário, fomos surpreendidos com as divulgações pela imprensa de que o governo havia decidido me tornar uma espécie de "bode expiatório" e aplicar, de imediato e sem o direito de defesa, pesadas represálias contra a minha pessoa individual e o MUBC, como se houvesse de minha parte interesses particulares políticos, financeiros, ou outros quaisquer, e havia mobilizado toda a máquina do governo contra mim, de maneira injusta e agressiva.

1. Mandou a Polícia Federal abrir sindicância de averiguação na tentativa de comprovar tratar-se de "lock out de empresários", baseado no falso boato de que eu era um "empresário bem sucedido", proprietário de uma frota de dezenas de caminhões, quando na realidade, conforme pôde ser comprovado no nosso site www.uniaobrasilcaminhoneiro.org.br, era sim, uma "manifestação autêntica de caminhoneiros, cooperativas de caminhoneiros e pequenos transportadores" e a constatação de que possuo na realidade apenas um caminhão (sou autônomo autêntico), ainda pagando prestações do Procaminhoneiro, portanto, alienado;

2. Mandou que a Justiça aplicasse de imediato uma multa no valor de R$ 6.300.000,00 (seis milhões e trezentos mil reais) contra mim e o MUBC, além de bloquear todos os eventuais bens de minha propriedade e do MUBC, onde só foram encontrados para bloqueio na minha conta bancária particular pouco mais de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e na conta bancária do MUBC pouco mais de R$ 2.000,00 (dois mil reais), os quais a seguir foram desbloqueados por sentença judicial, além da constatação de que nem eu e nem o MUBC somos possuidores de quaisquer outros bens móveis ou imóveis;

3. Em represália a minha pessoa mandou cancelar contratos comerciais de órgãos estatais com a Cooperativa Brasileira dos Caminhoneiros (de cuja diretoria estou afastado);

4. Por fim mandou cancelar o "Acordo de Cooperação Técnica" entre a ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres e o MUBC. Um acordo gratuito entre as partes, que facilitava a inscrição obrigatória do transportador de cargas no RNTRC - Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas, sem ônus, e que passou agora a ser operado somente por duas operadoras credenciadas e que cobram pesados valores na execução dos serviços.

O que ficou claro nessas violentas represálias, cujo alvo era eu, foi a constatação de que, na realidade, os mais atingidos foram os próprios caminhoneiros e pequenos transportadores.
Com relação à pauta de reivindicações, como ficou:
    • O subsídio para baixar o preço do óleo diesel, que poderia baixar também os preços dos alimentos e demais produtos, o governo não quis nem ouvir falar, alegando que não é essa a política do governo!;

    • A isenção ou baixa do valor do pedágio para caminhões, que também poderia baixar os preços dos alimentos e demais produtos, o governo alegou impossibilidade de atender devido aos contratos que tem com as Concessionárias!;

    • Quanto à criação de uma Secretaria de Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada à Presidência da República (nos mesmos moldes das já existentes Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas), o governo considera descartada a hipótese devido à existência atual de 39 Ministérios!;

    • E, finalmente, a questão do Projeto de Lei que aprimora a Lei 12619/12 (Lei do Descanso): Nossa reivindicação era de que o Projeto fosse aprovado em regime de urgência para abreviar a sua sanção e regularizar a instabilidade existente no setor. Pois bem, foi aprovado no dia 04/07/2013, na Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados, porém, como não foi estabelecida tramitação de URGÊNCIA, segue agora normalmente para votação no Plenário da Câmara, depois para o Senado Federal e finalmente, da mesma forma, para sanção da Presidência da República. Significa dizer que, caso não haja nenhum atropelo nessa trajetória, o projeto só será sancionado em meados do ano que vem. Existe ainda a informação de uma predisposição nas casas de votação e na sanção presidencial de vetar diversos artigos do Projeto.
Desta forma, como ficamos:
Ficaram prejudicadas e não serão solucionadas as seguintes questões que fazem parte do Projeto:
    • Cartão Frete: Continuará obrigatório e permanecerá a proibição do direito de receber o frete "em dinheiro";

    • CIOT: Continuará obrigatório e permanecerão as dificuldades de contratar carregamentos em alguns embarcadores;

    • Remuneração do frete e do salário do motorista: Continuarão baixos e defasados, já que a concorrência desleal continuará operando no mercado de fretes;

    • Cobrança de pedágio de eixo levantado: será cobrado;

    • Fiscalização e multa do tempo de direção e descanso: O DENATRAN revogou a Resolução 417 que orientava a não fiscalização punitiva da Lei desde a sua entrada em vigor. A partir de agora a Polícia Rodoviária passa a fiscalizar e multar todo transportador que não estiver cumprindo integralmente a Lei do Descanso. Além do mais, mesmo aqueles transportadores que não forem multados estarão acumulando um "Passivo Trabalhista" tamanho que, quando cobrado, o transportador terá de vender tudo que tem para tentar conseguir pagar. Também o motorista que reclamar na justiça os seus direitos trabalhistas vai conseguir levar o caminhão e mais alguma coisa do patrão. Ou seja, agora sim estamos em um beco sem saída.
Quero deixar bem claro meus amigos, que não vai aqui nenhuma intenção de fazer sensacionalismo e nem assustar ninguém. Essa é a verdadeira realidade em que nos encontramos. Neste momento a situação é pior do que quando iniciamos a nossa luta por melhores condições de trabalho e de querer restabelecer os nossos direitos adquiridos e que foram injustamente burlados por alguns poucos exploradores. A continuar assim é melhor mudarmos de profissão.
Não sei se vocês perceberam que somos totalmente desacreditados. Não somos sequer respeitados. Prova disso foi a resposta dada à nossa Manifestação Nacional, onde a nossa intenção era mostrar ao governo, de forma pacífica, a realidade das milhares e milhares de famílias de caminhoneiros (os maiores trabalhadores desta terra) e despertar para a necessidade da imediata intervenção dos órgão responsáveis por este país, no sentido de dar condições de sobrevivência a esse setor que carrega o país nas costas e que corre o risco de afundar, levando junto a economia e o próprio país que depende de nós para sobreviver. Infelizmente não fomos entendidos.
De minha parte meus amigos, apesar dos ataques que venho recebendo, não me considero derrotado, muito pelo contrário, sinto-me cada vez mais vitorioso, já que estou consciente de estar com a missão cumprida e de levar o sonho de fazer justiça até onde eu puder, como sempre abençoado por Deus.
O momento é decisivo. É preciso que cada um fique atento e mantenha a união como única forma de ainda tentarmos nos salvar. Caso contrário estaremos em breve atingindo o fundo do poço e no futuro não teremos como nos justificar perante nossos filhos e nossos netos.
Boa sorte a todos e que Deus continue a nos iluminar.

Nélio Botelho

MUBC



sábado, 6 de julho de 2013

PARALISAÇÃO GERAL / BALANÇO - 06/07/2013

PARALISAÇÃO GERAL - BALANÇO DE RESULTADOS

Prezados companheiros:

Antes de avaliarmos o assunto gostaríamos que assistissem ao vídeo do link abaixo e recordassem as palavras ditas pela então candidata à Presidente da República, senhora Dilma Rousseff, no Congresso dos Caminhoneiros que realizamos no Auditório do Senado Federal, em Brasília, no ano de 2010.

Na última 2ª feira, dia 04 de julho, já com os caminhões estacionados, fomos convidados pela Ministra da Casa Civil da Presidência da República, senhora Gleisi Hoffmann, que se fazia acompanhar do Sr. Ministro dos Transportes César Borges, a comparecermos àquela Secretaria a fim de avaliarmos a pauta das questões que deram origem à paralisação, de maneira a tentar encerrar a manifestação.

No encontro, ocorrido na 3ª feira à tarde a Sra. Ministra, após comentar sobre os assuntos da pauta apresentada, deixou evidenciada a total impossibilidade do governo de flexibilizar aquelas questões, caracterizando inclusive a inexistência até mesmo de ambiente para prosseguir com quaisquer negociações. Fizemos ver então a Sra. Ministra a nossa preocupação com o fato de que o movimento não tinha como ser interrompido e o abastecimento no país estaria correndo o risco de ser prejudicado. Lamentavelmente o assunto não foi bem recebido pela Sra. Ministra, que após afirmar "Então todos vocês terão que arcar com as consequências", encerrou a reunião. Vale lembrar que na noite daquele mesmo dia fomos convidados a retornar àquele gabinete onde, após algum tempo na sala da recepção, tivemos a informação de que a reunião havia sido cancelada. A partir daí passamos a ter conhecimento, através da mídia, de uma série de notícias divulgadas de que o governo havia determinado a aplicação de profundas represálias aos caminhoneiros, bem como ao Movimento União Brasil Caminhoneiro e ao seu presidente, dentre elas:

- Tentativa de caracterizar tratar-se de movimento "Lock Out" uma paralisação autêntica dos caminhoneiros, conforme pode ser comprovado no site www.uniaobrasilcaminhoneiro.org.br, com a determinação para que a Polícia Federal abrisse processo de averiguação;

- Aplicação de multa no valor de seis milhões e trezentos mil reais ao MUBC e ao seu Presidente;

- Bloqueio de eventuais bens patrimoniais dos mesmos;

- Determinação à Petrobras Distribuidora no sentido de reincidir todos os contratos de transporte existentes com a Cooperativa dos Caminhoneiros, que culminará com profundos prejuízos às milhares de famílias de caminhoneiros, funcionários e outras atividades que sobrevivem daqueles serviços;

- Rescisão imediata do contrato de concessão remunerada da área federal ocupada pela Cooperativa dos Caminhoneiros, na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro, utilizada desde o ano de 1990 como ponto de apoio estratégico para os caminhoneiros, além de garantir segurança e infraestrutura necessárias aos profissionais e seus familiares que por ali passam diariamente;

- Rescisão do acordo de cooperação firmado entre o MUBC e a ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres, para operar sem nenhum ônus o registro e cadastramento obrigatório dos transportadores no RNTRC - Registro Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas, que a partir de agora passará a ser operado exclusivamente por outros órgãos e provocará pesadas despesas de confecção para os seus usuários.

Lamentamos profundamente o fato de que tais represálias tenham partido de um governo comandado por uma verdadeira guerreira cuja trajetória comprova a sua fundamental participação na redemocratização do Brasil, ocasião em que foi vítima e teve de resistir a covardes e violentas represálias praticadas pelo regime anterior, cujos métodos similares surpreendentemente vêm agora sendo utilizados contra os maiores e mais sacrificados trabalhadores deste país, os caminhoneiros.

Só nos resta tentar amenizar essa difícil situação através dos meios legais e constitucionais vigentes e rogar a Deus que ilumine a governante maior deste país de maneira que sejam reconsideradas as pesadas punições e mantidas suas características tradicionais de espírito de justiça voltadas à solidariedade e respeito social ao trabalhador, à pessoa humana, ao povo e ao Brasil.

Vivemos em um país que foi, é e sempre será abençoado por Deus.



Saudações a todos,

Nélio Botelho
MUBC




quarta-feira, 3 de julho de 2013

SITUAÇÃO NAS ESTRADAS - 03/07/2013


Situação hoje dia 03/07/2013 às 9:00h em Quilombo - SC


Situação hoje dia 03/07/2013 às 9:00h em Quilombo - SC


Situação hoje dia 03/07/2013 às 9:00h em Quilombo - SC





02/07/2013 - Três Cachoeiras - RS


02/07/2013 - Três Cachoeiras - RS


A manifestação dos motoristas de transporte rodoviário de cargas iniciada em Três Cachoeiras RS em 1º de julho vem ganhando força a cada hora que passa. De forma pacífica, foi interditada a passagem de caminhões nas duas vias da BR 101, na altura do KM 22, ficando liberada apenas para passagem de ônibus, veículos de passeio e de emergência. Ontem a noite, foi liberada a estrada do mar para o desvio de caminhões, no entanto, motoristas que apoiam e defendem o movimento também interditaram hoje pela manhã a passagem no local. A PRF está acompanhando em tempo integral a manifestação que entre algumas reivindicações, está o subsídio no preço de óleo diesel, isenção de pedágios para os caminhões, melhor infraestrutura das estradas e serviços, aprovação e sanção de projeto de lei que aprimora a Lei n.º 12619/2012 (Lei do Motorista), oferecimento de crédito para quem quer adquirir seu próprio caminhão, definição de salário compatível com a categoria, redução de tempo de serviço para fins de aposentadoria, entre outros. Um abaixo-assinado está reforçando as reivindicações, que será encaminhado às autoridades competentes.



BR 101 - Iconha - ES


BR 101 - Iconha - ES


BR 101 - Iconha - ES




BR 392 - São Sepé - RS


BR 392 - São Sepé - RS


BR 392 - São Sepé - RS




BR 040 - Juiz de Fora - MG

BR 040 - Juiz de Fora - MG

BR 040 - Juiz de Fora - MG




Rodovia br 364 km 401, em frente ao Posto Aldo Locatelli


Rodovia br 364 km 401, em frente ao Posto Aldo Locatelli


Rodovia br 364 km 401, em frente ao Posto Aldo Locatelli




Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC




Xanxerê - SC
Xanxerê - SC



Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC


Rodovia BR 282 Km 604, Maravilha – SC




BR 101 - Manilha - RJ



Imagens de Luis Eduardo Magalhães - BA

Imagens de Luis Eduardo Magalhães - BA




Santa Maria - RS


Santa Maria - RS


Santa Maria - RS